Me lembro da velha janela,
que fiz companheira de infância,
me recordo diariamente das flores amarelas,
que caíam sobre o chão.
O verde sempre me trazia esperanças,
o amarelo, me recordava as estrelas.
Dentro de mim mora o menino,
que fui na infância, outra parte
o homem que solta as palavras
que me tornei.
A janela me faz um retrato,
é o passar dos anos que foi capturado,
sou uma câmera de fotografias
guardo fotos lindas do passado,
registro sempre as do presente,
escrevendo isso, não sei o que irei ver ...
no futuro.
Duvido do que verei, mas sorrio ao imaginar.
Talvez o retrato que preciso fazer hoje,
seja o das minhas palavras,
que a janela do tempo,
me faz escrever.
Por Leonardo Melo
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