Nada parecia abalar a simplicidade daquela
manhã.
E da força ancestral do barro
que emprestava ao velho fogão.
O vento soprava sem pressa,
a lenha crepitava cantando
E as labaredas exibiam a inconfundível
dança do fogo.
De repente, o cheiro de café torrado
perfumou o mundo.
Meus sentidos denunciaram minha condição
de animal humano.
Apalpei a paisagem com os olhos,
Contemplei imagens com os ouvidos
Sonhei com o paladar.
E comecei a degustar o saboroso café pelo olfato...
A cozinha é capaz de produzir efeitos encantatórios...
E o melhor café do mundo é aquele
Preparado pelas mãos da gentileza,
Aquecido com as chamas delicadas do cuidado, servido
na bandeja da hospitalidade.
E adocicado com boa conversa.
É aquele que tem origem nas seguintes palavras:
— Aceita um cafezinho? Vou passar
agora...
Gérson Augusto Jr.
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