Amar-te assim desvelado Lábio mordido na luz. Praia estendida ao Sol Na areia do ventre olvido.
Fogo-fátuo de desejo Feroz, barco louco. Onomatopeia teu corpo Tenaz do meu viver.
Sorriso vertendo vida Teu abraço desertor. Mãos que tocam o infinito No alcance vasto do imediato.
Beijo que é noite escura No dia que ali amanhece Intemporal, estático, Que o Amor um dia finda.
De novo, o teu toque: Lua sonhada sibilante Mordendo o céu límpido Da tua boca que apetece.
Movimento que não pára O começo que não termina.
Ser teu mais uma e outra vez,
Ser rio que em ti deságua .…
Bruno de Sousa
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