O corpo na direção inglesa, é difícil saber quem
realmente está na contramão. Às vezes tropeço
em um abraço que não quer ser só abraço, então
recuo o texto como quem pega impulso para
lançar-se ao inseguro. Curtos momentos que
perduram como uma onda gravitacional, alegria
que provoca distorção no espaço/tempo.
Penso nos buracos negros, na colisão dos buracos
negros, na implosão do desejo das estrelas,
nas consequências da atração que captura nossa
luz. Safari quântico,
estamos na distância que gera uma estranha
aproximação.
Quando exatamente optamos pelo silêncio?
Vandia Leal
Texto retirado do livro In-quietudes de Vandia Leal. Padê Editorial - Cole-sã escrevivências, n. 13.
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